Cirurgia Bariátrica: Qualidade de Vida aos Portadores Diabéticos do Tipo 2
A medicina estuda a melhora da qualidade de vida de pacientes com doenças praticamente sem esperanças de cura. Dentro desta situação se enquadra o Diabetes tipo 2 e a evolução das cirurgias bariátricas, especialmente o By Pass Gastrointestinal com Y de Roux, como alternativa de tratamento para esta doença grave e considerada incurável.
A cirurgia de remoção de estômago teve seu início no século 19. O Dr. Cesar Roux, um dos pioneiros nesta operação, realizou a primeira cirurgia em 25 de maio de 1893. A partir desta data começou a ser utilizada a técnica do “Y” de Roux em pacientes com enfermidades como cânceres entre outras doenças do aparelho digestivo. Hoje no século 21 possuem outras nomenclaturas e adaptações sendo utilizadas para tratar, controlar ou reduzir o desenvolvimento de doenças que levariam o paciente a um triste final. A descoberta da aplicação para pacientes de diabetes foi ocasional. Com esta técnica começaram a desenvolver outras modalidades, que ainda hoje são bastante usadas nas cirurgias partindo sempre do principio do “Y” de Roux.
A PUCRS, no núcleo do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, realiza pesquisas na área da cirurgia bariátrica e metabólica resultados da primeira série de cirurgias em diabéticos tipo 2, realizadas entre 2000 e 2007, aprovada em protocolo pelo Comitê de Ética da PUCRS (CEP), em pacientes com obesidade (índice de massa corporal acima 35 kg/m²) já publicada em revista internacional (Obesity Surgery)em 2008. Já para pessoas com IMC entre 25 e 35 Kg/mfoi iniciado protocolo também aprovado pelo CEP , Conselho de Bioética da Universidade e registrado no CONEP (órgão nacional que regula estudos deste tipo) e já foram operados 12 pacientes, nove tiveram alta hospitalar sem uso de medicamentos para o diabetes e os outros tiveram melhora significativa. Metade deles utilizava insulina a menos de uma década. Foram submetidos a técnica denominada Bypass gastrointestinal em Y de Roux por via laparoscópica (menos invasiva), ou aberta (corte no abdômen de 10 a 12 cm) que consiste na separação do estomago em duas partes e a realização de um desvio intestinal com o Y de Roux.
"Os resultados demonstram que o impacto da operação na doença ocorre na maioria das vezes em pouco espaço de tempo, independente da quantidade de peso que o paciente perde”, destaca o coordenador do protocolo e diretor do COM, Cláudio Mottin. De acordo com Mottin, o Centro é o primeiro do país a estar em conformidade com as exigências legais, éticas e bioéticas para a realização desta cirurgia em diabéticos dentro de protocolo clínico. "A cirurgia que realizamos é padronizada e aprovada pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina para pacientes obesos acima de 35 kg/m², além de ter outras indicações, como nos casos de câncer gástrico e outras patologias do tubo digestivo. “A única diferença no protocolo é que o Bypass está sendo realizado com pacientes de IMC mais baixo”.
Para um paciente submeter a uma cirurgia e obter resultados positivos, deverá haver mudanças e melhorias tanto na condição de vida do dia a dia, como na transformação de massa corpórea levando o individuo hoje com obesidade ou sobre-peso que tem distribuição de gordura acima do normal numa pessoa com a relação gordura-músculo adequada o que o que é o conceito mais moderno de excesso de gordura. Nos DM 2 e em alguns casos quase a remissão total. Agora é importante salientar que para o paciente portador do diabetes tipo 2 ter resultados deve se submeter a uma avaliação rigorosa e ter os Pré requisitos que o classificam para a realização da operação. Atualmente por ter resultados com evidência comprovada, pode ser realizada em uma instituição diferenciada e por equipe com profissionais com equipe multidisciplinar completa que podem oferecer todo o suporte necessário.
Segundo Dr. Mottin, a população em geral não é submetida aos exames mais aprofundados de diagnóstico que identificam o diabetes com condição de ter bom resultado. Deve-se compreender que diabetes é muitas vezes hereditário, e quando não tratada precocemente mais difícil se torna a resolução ou controle da mesma. Para a cirurgia metabólica do Diabetes tipo 2, o paciente deve ter de 18 a 65 anos. E se submeter a exames que identifiquem ser realmente diabético tipo 2. Pré-diabetes; O individuo com propensão a obesidade deve procurar fazer uma consulta médica onde já a partir desta, são necessárias mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida além das avaliações adequadas para a definição da doença. Em muitos casos são detectados a pré-disposição do diabetes. Pessoas com menos excesso de peso também podem apresentar diabetes e sem saber descompensada. Pessoas acima dos 40 anos devem se submeter a exames. Existem estudos que comprovam que pessoas acima do peso tem mais chance de adquirir a diabetes e por desconhecimento e alimentando-se inadequadamente isso é ainda pior. Existem várias etapas que o paciente deve seguir antes da intervenção cirúrgica. O paciente deve submeter-se a determinados exames pré-operatórios como o acompanhamento endocrinológico, psiquiátrico e orientação nutricional, que neste caso, passam a ser fundamentais para o sucesso desta operação. A manutenção e acompanhamento pós operatório, reuniões do grupo de apoio e a orientação passo a passo através dos especialistas de diabetes e de obesidade e da síndrome metabólica. Além de um termo de consentimento informado fundamentado na resolução 196 e em outras normas do CFM e Ministério da SaúdeDr. Cláudio Corá Mottin (Dr. Mottin) ( foto)
(Cirurgião)- Diretor técnico e coordenador cirúrgico do COM/HSL/PUCRS;
- Professor da Graduação e Pós- graduação da FAMED PUCRS
- Doutor em Cirurgia;- Titular da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica);- Titular do CBC (Colégio Brasileiro de Cirurgia);- Titular da SOBRACIL (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica);- Doutor em Cirurgia;O Dr. Claudio Corá Mottin, Diretor Técnico e Coordenador Cirúrgico do COM/ HSL/ PURCS, concedeu essa entrevista exclusiva para a divulgação em jornais do interior através da jornalista Clara Schestatsky – Jornais da região do Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari. Matéria contendo dados da assessoria de imprensa do Hospital São Lucas e mais complementação a partir de redação própria. Para esclarecimento ao público em geral.
A medicina estuda a melhora da qualidade de vida de pacientes com doenças praticamente sem esperanças de cura. Dentro desta situação se enquadra o Diabetes tipo 2 e a evolução das cirurgias bariátricas, especialmente o By Pass Gastrointestinal com Y de Roux, como alternativa de tratamento para esta doença grave e considerada incurável.
A cirurgia de remoção de estômago teve seu início no século 19. O Dr. Cesar Roux, um dos pioneiros nesta operação, realizou a primeira cirurgia em 25 de maio de 1893. A partir desta data começou a ser utilizada a técnica do “Y” de Roux em pacientes com enfermidades como cânceres entre outras doenças do aparelho digestivo. Hoje no século 21 possuem outras nomenclaturas e adaptações sendo utilizadas para tratar, controlar ou reduzir o desenvolvimento de doenças que levariam o paciente a um triste final. A descoberta da aplicação para pacientes de diabetes foi ocasional. Com esta técnica começaram a desenvolver outras modalidades, que ainda hoje são bastante usadas nas cirurgias partindo sempre do principio do “Y” de Roux.
A PUCRS, no núcleo do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, realiza pesquisas na área da cirurgia bariátrica e metabólica resultados da primeira série de cirurgias em diabéticos tipo 2, realizadas entre 2000 e 2007, aprovada em protocolo pelo Comitê de Ética da PUCRS (CEP), em pacientes com obesidade (índice de massa corporal acima 35 kg/m²) já publicada em revista internacional (Obesity Surgery)em 2008. Já para pessoas com IMC entre 25 e 35 Kg/mfoi iniciado protocolo também aprovado pelo CEP , Conselho de Bioética da Universidade e registrado no CONEP (órgão nacional que regula estudos deste tipo) e já foram operados 12 pacientes, nove tiveram alta hospitalar sem uso de medicamentos para o diabetes e os outros tiveram melhora significativa. Metade deles utilizava insulina a menos de uma década. Foram submetidos a técnica denominada Bypass gastrointestinal em Y de Roux por via laparoscópica (menos invasiva), ou aberta (corte no abdômen de 10 a 12 cm) que consiste na separação do estomago em duas partes e a realização de um desvio intestinal com o Y de Roux.
"Os resultados demonstram que o impacto da operação na doença ocorre na maioria das vezes em pouco espaço de tempo, independente da quantidade de peso que o paciente perde”, destaca o coordenador do protocolo e diretor do COM, Cláudio Mottin. De acordo com Mottin, o Centro é o primeiro do país a estar em conformidade com as exigências legais, éticas e bioéticas para a realização desta cirurgia em diabéticos dentro de protocolo clínico. "A cirurgia que realizamos é padronizada e aprovada pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina para pacientes obesos acima de 35 kg/m², além de ter outras indicações, como nos casos de câncer gástrico e outras patologias do tubo digestivo. “A única diferença no protocolo é que o Bypass está sendo realizado com pacientes de IMC mais baixo”.
Para um paciente submeter a uma cirurgia e obter resultados positivos, deverá haver mudanças e melhorias tanto na condição de vida do dia a dia, como na transformação de massa corpórea levando o individuo hoje com obesidade ou sobre-peso que tem distribuição de gordura acima do normal numa pessoa com a relação gordura-músculo adequada o que o que é o conceito mais moderno de excesso de gordura. Nos DM 2 e em alguns casos quase a remissão total. Agora é importante salientar que para o paciente portador do diabetes tipo 2 ter resultados deve se submeter a uma avaliação rigorosa e ter os Pré requisitos que o classificam para a realização da operação. Atualmente por ter resultados com evidência comprovada, pode ser realizada em uma instituição diferenciada e por equipe com profissionais com equipe multidisciplinar completa que podem oferecer todo o suporte necessário.
Segundo Dr. Mottin, a população em geral não é submetida aos exames mais aprofundados de diagnóstico que identificam o diabetes com condição de ter bom resultado. Deve-se compreender que diabetes é muitas vezes hereditário, e quando não tratada precocemente mais difícil se torna a resolução ou controle da mesma. Para a cirurgia metabólica do Diabetes tipo 2, o paciente deve ter de 18 a 65 anos. E se submeter a exames que identifiquem ser realmente diabético tipo 2. Pré-diabetes; O individuo com propensão a obesidade deve procurar fazer uma consulta médica onde já a partir desta, são necessárias mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida além das avaliações adequadas para a definição da doença. Em muitos casos são detectados a pré-disposição do diabetes. Pessoas com menos excesso de peso também podem apresentar diabetes e sem saber descompensada. Pessoas acima dos 40 anos devem se submeter a exames. Existem estudos que comprovam que pessoas acima do peso tem mais chance de adquirir a diabetes e por desconhecimento e alimentando-se inadequadamente isso é ainda pior. Existem várias etapas que o paciente deve seguir antes da intervenção cirúrgica. O paciente deve submeter-se a determinados exames pré-operatórios como o acompanhamento endocrinológico, psiquiátrico e orientação nutricional, que neste caso, passam a ser fundamentais para o sucesso desta operação. A manutenção e acompanhamento pós operatório, reuniões do grupo de apoio e a orientação passo a passo através dos especialistas de diabetes e de obesidade e da síndrome metabólica. Além de um termo de consentimento informado fundamentado na resolução 196 e em outras normas do CFM e Ministério da SaúdeDr. Cláudio Corá Mottin (Dr. Mottin) ( foto)
(Cirurgião)- Diretor técnico e coordenador cirúrgico do COM/HSL/PUCRS;
- Professor da Graduação e Pós- graduação da FAMED PUCRS
- Doutor em Cirurgia;- Titular da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica);- Titular do CBC (Colégio Brasileiro de Cirurgia);- Titular da SOBRACIL (Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica);- Doutor em Cirurgia;O Dr. Claudio Corá Mottin, Diretor Técnico e Coordenador Cirúrgico do COM/ HSL/ PURCS, concedeu essa entrevista exclusiva para a divulgação em jornais do interior através da jornalista Clara Schestatsky – Jornais da região do Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari. Matéria contendo dados da assessoria de imprensa do Hospital São Lucas e mais complementação a partir de redação própria. Para esclarecimento ao público em geral.
Clara Schestatsky. Revisada e aprovada a matéria pelo Dr. Claudio Corá Mottin