Primeiro vou explicando a ausência por semanas desta coluna. Eu estava me concentrando em juntar as duas coisas que mais gosto, e trazer pra vocês o melhor de dois mundos: O mundo musical e o literário. E posso dizer que consegui! As ultimas semanas foram de intensas pesquisas pra mim. Não que eu precisasse pensar no que escrever, mas sim em como escrever sobre um livro que adorei ler e sobre musicas que ainda adoro ouvir. Vou começar explicando o contexto da musica: Anos 70; ditadura militar e necessidade de revolução,um bom musico, ainda sem consciência do seu grande papel - Milton Nascimento – e alguns garotos que talvez você conheça: Lô Borges, Fernando Brant e um grande poeta e observador; Marcio Borges. Só estes já são os melhores ingredientes para uma ótima receita, um grande álbum de MPB. Mas ficou só nisso? Não! É claro que não! Alem deste grande álbum – O Clube da Esquina – este trabalho genial ainda deu frutos. E o que melhor, pra medir sentimentos, sensações e visões de uma época do que um livro? É ai que entra o livro: Os Sonhos não Envelhecem, de Márcio Borges, sim, o poeta e observador que eu citei. Ele retrata não só fatos, mas experiências de quem viveu esta época, e conviveu com o personagem central dessa historia; Milton Nascimento, ou simplesmente o Bituca. Nesse livro você pode descobrir a origem de muitos clássicos da musica brasileira, como as minhas favoritas: "Paisagem da Janela", "Um Girassol da Cor de Seu Cabelo" e "Nada Será Como Antes", e mais, vai sentir como era viver em um tempo de repressão, em que até o pensamento era censurado. Peco aqui pela falta de espaço pra continuar "rasgando seda" pra esses dois clássicos e já vou deixando aqui a capa do disco e do livro. E me atrevo a recomendar a você que faça o mesmo que eu: Ouça o disco com a alma e leia o livro com o coração – ao mesmo tempo, é claro – e descubra porque os sonhos não envelhecem. Adrien Carlos Duarte, colunista cultural
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