sábado, 16 de abril de 2011

NA VITRINNE:: PROFISSÕES TERAPIA OCUPACIONAL

Olá, bom dia,! Pensando no vestibular de inverno, pesquisei novas profissões e resolvi colocar aqui na Vitrinne, no Jornal Novo Tempo uma visão melhor com entrevistas exclusivas. Pessoas de bom nível cultural e formação aparecerão aqui. Principalmente cidadãos metropolitanos, onde as faculdades pagas estão nas espectativas de muitos pais em saber se valerá o que foi aplicado. Bom Final de Semana; Clara Schestatsky


 “Terapia Ocupacional é um estudo aplicado nas mais diversas atividades do dia a dia, mediante a variados fatores que possam ser inoportunos ao desenvolvimento do Ser Humano. A boa saúde e o bom funcionamento de partes do corpo que precisarão ser reabilitadas devidos a diversos fatores, onde se faça necessário um profissional que possa ajudar e auxiliar portadores de doenças mentais, psíquicas, acidentes incluíndo os cardiovasculares, acidentes de carros, em fim é muito mais do que se imagina”.por: Clara Schestatsky

Entrevistada a juíza de conciliação: Suelena Maria Gonçalves Dornelles

1)O que levou você a fazer este curso?
R- O motivo que me levou a fazer T.O. foi o fato de ter concebido uma filha autista. Queria muito conhecê-la,  saber superar junto a ela todas as dificuldades que poderiam aparecer, trabalhar de uma forma positiva para que minha filha tivesse um horizonte à mais do que a maioria dos outros autistas conseguem ter,por falta de preparo dos pais. Não se percebe por muitas vezes que há algo de errado com uma criança, é imperceptível, até por que a Bianca(filha), aprendeu a ler antes de pronunciar as palavras, isso aos 04 anos de idade, que descobrimos que ela já aprenderá não se sabe quando, mas no período em que dava aulas de português particular na minha casa.
2) O que pode fazer um terapeuta, para trabalhar com um paciente autista?
R- Em primeiro lugar a Terapia  Ocupacional, nunca é administrada como tarefa sem a indicação de um médico, e conseqüentemente uma equipe médica dependendo do caso.. Causava-me um certo desconforto quando escutava (e ainda escuto), " se você não tem mais o que fazer (neste momento), vá fazer terapia ocupacional". Um dos exemplos é "tricô". Poxa, se isso fosse terapia Ocupacional, imagine quanta gente teria aplicado em si próprio. Mas o ato de fazer tricô, poderá também levar o indivíduo a ter "ler, ou tendinite". No caso do Autista, as atividades devem ser proporcionadas nas horas exatas, sincronizado as horas no dia, para que o indivíduo autista fique familiarizado com seus afazeres, quebrar uma rotina é um caos para um autista. O mundo que ele absorve é de fora para dentro, sendo que assim como nós "ditos perfeitos": utilizamos a forma de dentro para um todo. O autista tem que ter uma disciplina boa, por que são diciplinados naturalmente e o respeito dos outros perante sua individualidade, isso é: ele deve ter atividades individuais diárias. Os autistas não são surdos, e sim são dispersos. criam um mundo próprio que funciona como eles e foram educados a funcionar, e nada deve ficar fora do lugar. Para a educação da Bianca (filha), foi utilizado o método Teach,
3) Qual a ocupação deste profissional, que ainda é muito pouco divulgada?
R-O Terapeuta tem uma infinidades de conhecimento ao qual sempre será solicitado através de prescrição médica. Nunca atuamos sós, o Terapeuta Ocupacional, deverá analisar o geral da situação que mobiliza o paciente a desenvolver seus próprios movimentos corporais, se caso for tratamento de recuperação de movimentos e da mente. Ele criará novos ambientes na casa e ou no quarto, adequando o local, até mesmo criando móveis juntamente com um arquiteto, para que isso venha facilitar o andamento do progresso do paciente, objetivamente falando. Em uma novela recente, apareceu o caso da modelo acidentada. E que teve toda uma adaptação implantada na casa (fictícia), e foi onde difundiu o conhecimento desta profissão em todos os cantos do país. 

Atuamos no tratamento de ler, de queimados, crianças com problemas mentais, como o caso de esquizofrenia. A esquizofrenia é o grande mal da humanidade, doença silenciosa quando se manifesta se a família ainda não constatou até o presente momento o problema, ficará cada vez mais intratável a pessoa, basta ver as conseqüências como o caso da Chacina na escola da cidade no Rio de Janeiro. Trata também de pacientes com Alzeimer, AVC,  recuperação de drogados entre outras doenças que afetam a mente e coordenação. No caso do drogado, o T.O. deve auxiliar ao paciente em recuperação a realizar tarefas produtivas, para que o m,esmo não fiquena vontade de utilizar a droga.
"Trabalhei no HPS em Porto Alegre, no atendimento a queimados. E, o tecido queimado se contrai, as partes queimadas devem ser removidas, tudo isso é uma dificuldade se não for feita sem exatidão e cuidados, podendo não sanar as seqüelas, pois o T.O. é contratado exatamente para estudar uma forma de poder alcançar objetivos junto com toda a equipe de trabalho".A equipe, para gerar um bom atendimento em casos que necessitem um cuidado mais especifico deverá ter: um psicólogo ou psiquiatra, um clínico geral, um fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional. Há caso, onde o T.O, executará consultas em pacientes que nasceram com alguma enfermidade. 
"Tratei de um menino anos, ele apresentava problema de encefalite, era tão grave que ele usava válvulas, na medida que vinha crescendo de estatura a criança já não consegui abrir as pernas para serem trocadas as fraudas, a mãe em um desespero só. Criei uma maneira de usar um objeto "afastador"  entre pernas (já é usado não inventei), que gradativamente conseguia fazer o tecido e os músculos trabalharem para o problema em questão, e foi resolvido. Porém infelizmente ele veio a falecer, por motivos da doença.
4)E, quanto ao curso, quais as universidades que oferecem este ensino? Qual o investimento aplicado e que dizer aos que estarão se formando nesta área em breve?
R-No Rio Grande do Sul, só o IPA (instituto Porto Alegre), no bairro Rio Branco, na capital, oferece este curso. Em outras cidades do país sei que há  faculdades de ensino superior, que oferecem este curso. O investimento hoje, deveria ser reavaliado por mim, fazem 10 anos que me formei, mas acredito e muito que é de médio a alto o custo. Para quem não conhece T.O., vale a pena salientar que T.O. á cada dia que passa um dos cursos mais procurados e bem vistos. No meu caso em especial, há cada dia que estou com a minha filha Bianca, que hoje tem 23 anos e todos os recursos e esforços que fiz para obter e aprender a vivenciar uma nova janela do conhecimento a minha filha, o curso se paga automaticamente. O preconceito ainda existe. No passado foi pior para um grande número de pessoas que sofreram de doenças que as deixam diferente da maioria, por que famílias por muitas vezes não queriam aceitar seus enfermos, em condições da enfermidade, cura, não havia  como amenizar o sofrimento. Havia vergonha, e resguardar o "ser" como se fosse uma aberração. Hoje há estudos em todo mundo para todos os maus que provém de doenças mentais e físicas, acidentados e outros tantos casos. 

Só que pode haver frustrações, em não achar uma vaga boa no mercado de trabalho, isso dentro das funções que poderiam ser bem trabalhadas, pelo T.O. Com isso, acredito que esta profissão, terá um grande impulso mais tarde, infelizmente ela é muito nova, tem apenas um pouco mais de 30 anos no Brasil, em Belo Horizonte foi a primeira implantação deste módulo para nível de 3º grau.
Complementando a matéria:
No interior no CTG Candeeiro da Amizade em Vera Cruz, esxiste uma terapia que muito usada e aplicado por Terapeutas Ocupacionais, que vem a ser a Equoterapia.

O CAVALO E A TERAPIA

Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos de caminhar humano e impõe um deslocamento da cintura pélvica (quadril) da pessoa quando ela está sobre o animal. A primeira manifestação física quando a pessoa anda à cavalo é o ajuste tônico, que se torna rítmico, com o deslocamento do cavalo em cada passo, ou seja, na medida em que o praticante anda à cavalo, há um ajuste natural do corpo, em que o movimento de seu quadril acompanha o ritmo do andar do cavalo. A adaptação a esse ritmo é uma das peças mestras da eqüoterapia.
O cavalo nunca está totalmente parado. A troca de apoio das patas, o deslocamento da cabeça ao olhar para os lados, as flexões da coluna, o abaixar e alongar do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste no seu comportamento muscular, a fim de responder aos desequilíbrios provocados por esses movimentos. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações que são transmitidas ao cérebro do praticante, via medula, o que já foi apontado ser adequado à saúde, por trazerem reações de “endireitamento” do corpo, ajustando a postura e melhorando seu equilíbrio.
É preciso um animal especial e adestramento para atuar nessa terapia, chamado de “cavalo-tipo”, com andadura correta. O cavalo é trabalhado para aceitar os comandos de uma pessoa com deficiência. Os cuidados dispensados ao animal são os mesmos relativos aos cuidados básicos de um cavalo comum, com diferenças apenas na alimentação. Em geral, consome alfafa, feno e capim (proteínas), além de uma ração específica com nutrientes necessários para seu bem-estar.
A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe, com atenção especial ao comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modifica-los. O local das sessões também merece atenção para evitar ruídos anormais que venham assustar os animais.


CUSTO X BENEFÍCIO
De acordo com a psicopedagoga Liana Santos, os ganhos motores e psicológicos são visíveis e os resultados podem aparecer em 6 meses de montaria, com sessões semanais de em média 40 minutos. As dificuldades ainda são a falta de informação sobre a existência do método e o tabu de se tratar de uma terapia. Na rede particular, pode custar em torno de R$ 280,00 a R$ 400,00 por mês, com sessões semanais. Todos os centros de eqüoterapia, filiados a ANDE-BRASIL, reservam 20% de seus atendimentos para pessoas que não podem pagar. As informações sobre a disponibilidade dessas estão no site http://www.equoterapia.org.br/. É só conferir os centros e entrar em contato. Fonte: Jornal da AME

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