sábado, 18 de junho de 2011

NA VITRINNE: CULTURA



Marina Colasanti, escritora de descendentes de italianos,nascida na Eriteia no Chifre da áfrica e cidadã Ítalo//brasileira. Marina de uma calma, tranqüilidade, com muitas histórias para contar, muitas obras editada aqui e na Europa. Marina, conta que seu pai (antes de vir a segunda guerra mundial), já havia estado no Brasil. E, com a guerra estourando a vida das pessoas na Europa, a família mudou-se desta vez da Itália para o Brasil. Formada em Artes Plásticas, Marina trabalhou desde cedo em publicidade, e logo passou a ter um espaço, uma coluna no Jornal o Globo, onde trabalhou por 20 anos, como jornalista, a coluna tratava de amor. Ela conta que achava que de amor sabia tudo, com o passar do tempo, uma vez que estava pesquisando sobre amor, amar em fim... E deu-se o seu primeiro livro: Eu Sozinha.  È  a própria ilustradora de seus livros. Sua vida é um movimento de pousos e decolagens. Casada há 40 com Affonso Romano Sant” Anna, outro grande escritor, que um dia estará também aqui na Vitrinne;
A prefeitura da cidade de Canoas, neste evento que encerra amanhã dia 19 de junho 27ª Feira do Livro a convidou para palestrar, sobre sua obra e sua vida. E com este problema do vulcão indomável, ela teve que remarcar sua agenda de volta. Que aliás agenda de escritores deste nível é sempre lotada. Com compromissos inadiáveis, mas que força da natureza tiveram de ser. Marina tem olhar para vida muito bom, é uma escritora madura, e como todo artista no começo de vida ninguém sobrevive de arte. O trabalho é árduo. Mas não impossível.
C.C./NT 1) Como você ou quando você começou a se interessar por escrever? R- Meus pais compravam jornal na Itália e neste vinha editado uma coluna de quadrinhos para crianças e poesias. Isso no começo da infância, fiz alguns poemas, de certo muitas, mas infelizmente nada foi guardado.
C.S./NT 2) Você, ilustra todos os seus trabalhos? R- Sim. Começo a escrever, quando termino o livro, passo para a elaboração da ilustração, como artista plástica formada, utilizo variadas técnicas que aprendi e aperfeiçoando ao longo dos anos, faço desde a capa até as páginas internas. Este trabalho de escrever e montar é como se fosse feito por duas pessoas, minha obra tem sempre a mesma identidade visual, meu traço é reconhecido por quem conhece meus livros.
C.S./NT 3) Que você diria aos jovens, que agora estão lendo na Vitrinne suas respostas? Gratifica e muito ver o meu trabalho sendo utilizado em oficinas de leituras. Nas palestras e eventos, onde os jovens vem me falar que gostaram da minha obra. Dou autógrafos, comento sobre os livros já lançados e falo da minha inspiração, tudo que há no cotidiano para um escritor pode vir a ser uma imensa e inesgotável fonte de inspiração. Na foto acima,Marina em meio a educadores e alunos da UNISINOS.
Palestra a tarde no Colégio São Francisco, com alunos grandes e pequenos em 2 etapas, na terça dia 14 de junho.

Daniel Muduruku, escritor indígena, esteve pela primeira vez em uma Feira do Livro em CANOAS no RS. A Feira que o recebeu, foi realizada no município de Canoas, na Praça da Bandeira. O atraso do vôo, que estava previsto para o dia 10, por causa do vulcão ativono Chile, o escritor chegou na terça -feira dia 14 de junho. Filósofo, prós graduado e graduado como: Mestre de Educação na Faculdade de Lorena São Paulo. Autor de 42 livros, sendo que o primeiro livro foi lançado há 15 anos atrás. Muitos de seus livros conta seu aprendizado na aldeia, junto do seu povo e do seus familiares. Inclusive, ele cita: _ “Aos 09 anos, aprendi falar o português, e tinha vergonha de ser índio, quando estava na escola.
Tinha vergonha por que achava que o índio ser índio era mal. Antes dos 09 anos aprendi apenas algumas palavras na aldeia com os missionários. Daniel conta:_ Meu avó me ensinou que ser índio é bonito, é maravilhoso, e a ele agradeço a minha expressão de ser o REPRESENTANTE dos índios do Brasil, da nossa cultura MUNDURUKU, que é um povo dos 257 povos indígenas residentes no território Brasileiro” . A língua que Munduruku tema raiz na língua  Tupy, por isso se chama TUPY MUNDURUKU, bem a qual a nossa Língua Portuguesa, tem sua raiz no Grego. 
Jeferson Assunção-adjunto do secretário da cultura do RS Assis Brasil, Heloísa Pietro e Daniel Munduruku

CS/NT 1)Qual a diferença de povo e tribo? R- Tribo é um grupo de pessoas, exemplificarei: Tribos Urbanas, hoje muito citadas: Os Punks, Pagodeiros, Emos e assim por diante são grupos separados por ideais, roupas e a fins que formar um todo. O povo é o tudo de uma raça junto. Então tribos é uma coisa e ser índio é outra, e ter um povo raiz, cultura e preservação do meio-ambiente.
CS/NT 2)  E que fez você vir a escrever e se tornar este ícone de sabedoria e ensinamentos dos costumes e tradições da cultura indígena? R- Os ancestrais, eles são os que nos guiam a um caminho pela terra. Nós índios não perguntamos aos nossos filhos ou as crianças o que eles querem ser quando crescerem? Simplesmente por que já sabem nasceram índios não se diz a ninguém o que a pessoa vai ser quando crescer, mas sim o que irá destinar-se a fazer. E eu quis estudar, e ví que há 15 anos atrás que contar as histórias de meu povo e de outros tantos povos do Brasil é necessário, pois este foi o caminho que meus ancestrais me indicaram a seguir. Tem uma grande valorização os mais velhos em uma tribo, são eles que ensinam as coisas para nós os jovens, e para ser criança, se vive a infância, e bem para depois sermos adultos, o indígena Para ser jovens tem que se viver sendo jovem até passar a fase para sermos adultos. Não podemos ser adultos/ crianças  pois teremos o que para ensinar a eles? E um velho/jovem também não irá entender uma criança ou um adolescente, por que não venceu estas etapas. Em fim as rugas da face não deveriam ser retalhadas, recortadas, pois o segredo da vida está em cada uma delas. 
  “ O ÍNDIO, SÓ POR QUE USA ROUPAS E FOI ESTUDAR, NÃO QUER DIZER QUE PAROU  DE SER UM ÍNDIO. UM ÍNDIO DEVE SER SÁBIO E ESTUDAR LUTAR POR SEUS DIREITOS E A  SOBREVIVÊNCIA DA SUA CULTURA, E DE SEU POVO”. DANIEL MUNDURUKU
Clara Schestatsky e Daniel Munduruku: o Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República

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